ORAÇÃO À IEMANJÁ
Doce,
meiga e querida Mãe Iemanjá. Vós permitistes que no seio de vossa
morada se formassem as primitivas formas de vida, que foram o berço
de toda a criação, de toda a natureza e de toda a humanidade,
aceitai nossas preces de reconhecimento e amor.
Que
os lampejos que emanam de vosso diáfano manto de estrelas venham,
como benéficas vibrações espirituais, aliviar os males, curar aos
doentes, apaziguar os nossos irmãos revoltados, consolar os corações
aflitos.
Que as flores e oferendas que depositamos em vosso tapete
sagrado, sejam por vós aceitas e quando entrarmos nas águas para
vos ofertá-las sejam as ondas do mar portadoras de vossos fluídos
divinos. Fazei, Senhora Rainha das Águas, com que a espuma das ondas
em sua alvura imaculada traga-nos a presença de Oxalá, limpe os
nossos corações de todas as maldades e malquerenças.
Que
os nossos corpos, tocados por vossas águas sagradas, libertem-se em
cada onda que passa, de todos os males materiais e espirituais.
Que
a primeira onda a nos tocar afaste de nossas mentes todos os
eventuais desejos de vingança; que a segunda lave nossos corações
e nosso espírito, para que não nos atinjam as infâmias e
malquerença de nossos desafetos; que a terceira onda afaste a
vaidade de nossos corações; que a quarta lave nosso corpo de todos
os males e doenças físicas para que, sadios, possamos prosseguir;
que a quinta onda afaste de nossa mente a ganância e a cobiça; que
a sexta onda venha carregada de flores e que nosso maior desejo seja
o de cultivar o amor fraternal que deve existir entre todos os
homens; e que ao passar a sétima onda, nós, puros e limpos de
mente, corpo e alma, possamos ver, ainda que apenas por alguns
segundos, o esplendor de vossa radiosa imagem. É o que humildemente
vos suplicam os filhos de Umbanda’.
(Texto:
internet. Livro: IEMANJÁ, Autor: J. EDSON ORPHANAKE, Escrito por:
RONALDO A. LINARES)
(Imagem: http://omidewa.com.br/public_html/wp-content/uploads/2013/02/11_iemanja.jpg)
Fazei
que entendamos a vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às
vossas mãos fortes para conduzir-nos;
permiti
que possamos desincumbir-nos dos deveres que nos cabem, mas, não
conforme nossos desejos;
lançai
vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da vossa
ternura, e não as sombras da nossa ignorância;
abençoai
os nossos propósitos de servir-vos, quando somente nos temos
preocupado em utilizar do vosso santo nome para servir-nos;
envolvei-nos
na santificação dos vossos projetos, de forma que sejamos Vós em
nós, porquanto ainda não temos condições de estarmos em Vós;
dominai
os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista
real da renúncia e da abnegação;
ajudai-nos
na compreensão de nossos labores, amparando-nos em nossas
dificuldades e socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa
celular;
facultai-nos
a dádiva da vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que
nos encontremos e todos a identifiquem, compreendendo que somos
Vossos servidores dedicados...
…
e porque a morte restitui-nos a vida gloriosa para continuarmos a
trajetória de iluminação, favorecei-nos com sabedoria para o êxito
da viagem de ascensão, mesmo que tenhamos de mergulhar muitas vezes
nas sombras da matéria, conduzindo, porém, a bússola do Vosso
afável coração apontando-nos o rumo.
Senhor!
Intercedei,
junto ao Pai Todo Amor, por vossos irmãos da retaguarda, que somos
quase todos nós, os trânsfugas do dever.
(FRANCO,
Divaldo Pereira (1927), Transição Planetária (pelo Espírito
Manoel Philomeno de Miranda). Salvador, Leal, 2010. p. 133-4)
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