LEITURAS
5. O EFEITO SOMBRA (Deepack Chopra)
4. MUITO ALÉM DO NOSSO EU (Miguel Nicolelis)
3. O SERMÃO DA MONTANHA SEGUNDO O VEDANTA (Swami Prabhavananda)
2. UMA BREVE HISTÓRIA DO FUTURO (Jacques Attali)
1. O DESPERTAR DO CORAÇÃO BUDISTA (Lama Surya Das)
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O EFEITO SOMBRA
... este livro revela uma
nova verdade – compartilhada com base em três perspectivas transformadoras: o
oposto do que tememos é, de fato, o que acontece. Em vez de vergonha, sentimos
empatia. Em vez de constrangimento, ganhamos coragem. Em vez de limitação,
experimentamos a liberdade. Mantida oculta, a sombra é uma caixa de Pandora
repleta de segredos, que tememos destruírem tudo o que amamos e gostamos. Porém,
se abrirmos a caixa, descobrimos que aquilo que está ali tem o poder de alterar
radicalmente a nossa vida, e de forma positiva.
Sairemos da ilusão de que
nossa obscuridade nos dominará e, em vez disso, veremos o mundo sob uma nova
luz. A empatia que descobrimos por nós mesmos dará a centelha de ignição para
nossa confiança e coragem à medida em que abrirmos nosso coração a todos ao
redor. O poder que desencavamos nos ajudará a confrontar o medo que esteve nos
segurando e nos incitará a seguir adiante, rumo ao mais alto potencial. Longe de
ser assustador, abraçar a sombra nos concede uma plenitude, permite que sejamos
reais, reassumindo nosso poder, libertando nossa paixão e realizando nossos
sonhos.
Assim Debbie Ford introduz o livro que ela, Deepak Chopra e Marianne Williamson
escreveram sobre o que, consciente ou inconscientemente acabamos empurrando para
baixo do tapete, seja por inabilidade, seja por falta de atenção. Esses
conteúdos ignorados são despertados por gatilhos que nos põe em estado de alerta
e buscam prevenir o sofrimento, causando exatamente isso: sofrimento.
Mas a
sombra não resiste à luz do amor...
E sempre se aprende...
E sempre se aprende...
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MUITO ALÉM DO NOSSO
EU
Ao recrutar maciças ondas milivoltaicas de descargas elétricas, essas redes neuronais microscópicas são na verdade as únicas responsáveis pela geração de cada ato de pensamento, criação, destruição, descoberta, ocultação, comunicação, conquista, sedução, rendição, amor, ódio, felicidade, tristeza, solidariedade, egoísmo, introspecção e exultação jamais penetrado por todo e qualquer um de nós, nossos encestrais e progênie, ao longo de toda a existência da humanidade. Nicolelis diz aí que é o cérebro que produz o pensamento? Ou faz uma cuidadosa escolha de palavras que não revela se ele compartilha a crença na transcendência? Bem, eu que não sou neurofisiologista intuo que o cérebro seja um instrumento do ser pensante (tanto que o ser pensante sobrevive à morte do cérebro – e, por consequência, de toda a organização física - ).
Buscando esses indícios, a leitura de Muito além do nosso eu é fascinante e revela, em múltiplas e encantadoras analogias, a orquestração dos neurônios que nos deixam exprimir quem somos e a que viemos.
Miguel Nicolelis completa 51 anos
neste março de 2012. Nasceu em São Paulo e graduou-se pela USP em Medicina,
fazendo nessa mesma universidade o seu doutorado. Em 1989 mudou-se para os
Estados Unidos e desde 1994 pesquisa e coordena o Duke's Center for
Neuroengineering, base física das avançadas experiências com implantes de
microeletrodos neurais em macacos que o tornaram conhecido em todo o mundo.
Muito publicado, é considerado pela Scientific American como um dos 20 mais
influentes cientistas da atualidade.
Querendo, como todos os neurofisiologistas em geral, decifrar os mecanismos fisiológicos que permitem salvas de eletricidade neurobiológica gestar e administrar o vasto repertório de ações e comportamentos humanos, Nicolelis revela uma interessante viagem pelo que estudou sobre o cérebro. Ao longo de suas pesquisas, conta com Eshe, uma rata bigoduda, Aurora, uma macaca viciada em videogame. Em que pese a questão da utilização de cobaias, ambas são companheiras de trabalho que, com os microeletrodos implantados em seus cérebros, ajudam a desvendar a sinfonia audível que transformou pensamentos motores em movimentos de um apêndice robótico: Na verdade, o braço robótico era capaz de realizar os desejos motores de Aurora mais rapidamente do que seu próprio braço biológico […] Somente pelo pensamento!
Idoya, desta
vez uma macaca louca por uvas-passas, em um experimento transcontinental, com a
eletricidade proveniente de sua mente, a partir da Carolina do Norte (EUA), move
um robô humanoide, suspenso num laboratório em Tóquio. Estão aí as bases da ICM
(Interface cérebro-máquina) e do exoesqueleto, uma veste especial estruturada
para sustentar um corpo humano debilitado e comandada pela força do pensamento.
Mas Nicolelis vai mais além, antevendo um futuro no qual, sentado na varanda de sua casa de praia, de frente para o seu oceano favorito, você um dia poderá conversar com uma multidão, fisicamente localizada em qualquer parte do planeta, por meio de uma nova versão da Internet (a 'brainet') sem a necessidade de digitar ou pronunciar uma única palavra.
É um livro que, mais do que lido, merece ser estudado. E eu sigo percorrendo pelo seu conteúdo instigante para solver a minha curiosidade. Afinal, Nicolelis acredita que o "ser pensante" sobrevive ao cérebro?
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O SERMÃO DA MONTANHA SEGUNDO O VEDANTA
Swami Prabhavananda amplia as
palestras e comenta, em sua inteireza, o Sermão da Montanha,
esclarecendo:
"Não sou cristão, não sou
teólogo, não li as interpretações da Bíblia feitas pelos grandes eruditos
cristãos. Estudei o Novo Testamento da mesma forma como estudei as escrituras da
minha própria religião, o Vedanta.
O Vedanta, que surgiu com os
Vedas, as mais antigas das escrituras hindus, ensina que todas as religiões são
verdadeiras, porquanto levam a um e ao mesmo objetivo - a manifestação de Deus.
Minha religião, portanto, aceita e reverecia todos os grandes profetas, os
mestres espirituais e as expressões da Divindade venerados em diferentes
crenças, considerando-os como manifestações de uma verdade
subjacente."
A leitura flui e delicia o leitor
abrindo caminhos de sincera novidade ou, se não tanto, de impressão de que esse
olhar é legítimo e ilumina novas camadas de
entendimento.
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UMA BREVE HISTÓRIA DO
FUTURO
A predição de Attali passa por
instâncias sucessivas e com limites embaçados: o hiperimpério, o hiperconflito
e, por fim, a hiperdemocracia. Com esses três conceitos assegurando que é hoje -
2008, quando foi publicado o livro – que decidimos como será 2050, viajamos pela
História aprendendo as funções dos núcleos de poder que se sucederam (Bruges,
Veneza, Antuérpia, Gênova, Amsterdã, Londres, Boston, Nova Iorque e Los
Angeles).
Ao cabo dessa viagem de nove estações que o autor designa como a história do capitalismo, somos convidados a presenciar o início da história do futuro e a navegar nas ondas que chegarão à praia onde o mercado e a democracia terão achado seu melhor equilíbrio.
Sobram ainda página e meia sobre o
Brasil, país que aparentemente será, por muito tempo, pouco mais do que o país
do futuro.
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O DESPERTAR DO CORAÇÃO BUDISTA
O DESPERTAR DO CORAÇÃO BUDISTA
O Despertar do Coração Budista, do Lama Surya Das (Rocco, Rio de Janeiro, 2002, tradução de Cláudia Gerpe Duarte) parte do princípio de que todos temos uma bondade interior que pode ser despertada e, uma vez desperta, todos podemos criar genuínas de conexão de amor.
Em dez capítulos e em cerca de duzentas e quarenta páginas, ao autor que mora em Concord (Massachussetts) e que periodicamente encontra-se com Dalai Lama, percorre assuntos como a inteligência espiritual, o amor profundo, as experiências de vida, a autenticidade nos relacionamentos significativos, a alquimia espiritual e encaminha o leitor naturalmente para a forma de amar o que não gostamos.
Da capa até a contracapa, o texto está recheado de dicas e relatos de experiências pessoais que ilustram o caminho do despertamento. Assume que, apesar de sermos “parte de uma rede universal de luz” às vezes há um desligamento íntimo de nossa essência, o que nos faz identificar sentimentos de solidão. O caminho da reintegração consigo mesmo resulta da vivência de que não há separação real, e os buscadores acabam por perceber que a vida proporciona as experiências necessárias para se encontrar o significado e o propósito de cada um, vitalizando, assim, a conexão com o amor profundo.
O livro é encerrado com uma prece:
PRECE PARA O NOVO MILÊNIO
Que todos os seres, em toda parte,
sejam despertados, curados, pacíficos e livres;
Que haja paz neste mundo,
e que terminem as guerras, a pobreza,
a violência e a opressão;
e que todos juntos
completemos a jornada espiritual.
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