COMO SURGIRAM AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES?
Carlos G. Steigleder
Um dos temas mais
discutidos entre os historiadores é o da origem das primeiras civilizações. Como
explicar o grande salto dado pelas comunidades neolíticas há cerca de 5.000
anos? Como foi possível, num curto espaço de tempo, tantas inovações? O que
aconteceu durante esse período que possibilitou o advento das primeiras
civilizações?
As primeiras civilizações
se desenvolveram no Oriente Próximo, formando uma meia lua que vai do Egito ao
Iraque, chamada de crescente fértil. Estas civilizações apresentam um conjunto
de características comuns, tais como a escrita, o calendário baseado no sol ou
na lua, uma complexa organização social-política-econômica, arquitetura
monumental, conhecimentos astronômicos e matemáticos bastante precisos, entre
outras.
A explicação mais aceita e
que é consenso entre a maioria dos especialistas na matéria é que as primeiras
civilizações surgiram a partir do desenvolvimento das cidades que haviam se
formando ao longo das margens dos grandes rios dos Oriente Próximo, sobretudo o
Nilo, o Tigre e o Eufrates. Foram, portanto, produto das primeiras cidades. Sem
contradizer esta explicação, cumpre destacar que ela não é suficiente para dar
conta do nível de complexidade que aquelas civilizações atingiram e que não
tinha precedentes nas cidades primitivas.
O Espiritismo, ao
possibilitar o entendimento da realidade espiritual e da sua interrelação com a
realidade material, acrescenta informações novas à questão em pauta que merecem
ser consideradas.
Um dos pontos-chave do
Espiritismo é a existência de coletividades espirituais (encarnadas e
desencarnadas) em diferentes níveis de evolução que, por conseguinte, estão
ligadas a mundos cujas características particulares refletem-lhes as conquistas
ético-morais e intelectuais. Entre estas coletividades, dispersadas pelo Cosmos,
existiria estreita solidariedade, ocorrendo periódicas migrações espirituais de
uma coletividade para outra atendendo as mais diversas finalidades.
Segundo revelações feitas
pelo Espírito Emmanuel, através do médium Chico Xavier no final da década de
1930, um grande número de Espíritos teria sido exilado do mundo em que vivia
por não ter conseguido acompanhar o processo de desenvolvimento ético-moral dos
demais habitantes. Eram muito inteligentes mas não conseguiam solucionar
diplomática e fraternalmente as suas diferenças. Sofreram, então, a pena do
degredo. São os já conhecidos exilados de Capela. Este grupo de Espíritos, muito
avançado do ponto de vista intelectual (é importante repetir), foi acolhido no
planeta Terra, cujo desenvolvimento estava muito aquém do do mundo de onde o
grupo procedia.
Ainda segundo Emmanuel,
esses Espíritos foram aos pouco encarnando em levas sucessivas justamente no
seio das comunidades terráqueas mais avançadas, dando assim origem às primeiras
civilizações. Egípcios, sumérios, caldeus, babilônios, hititas, hebreus e outros
povos da mesma época, possuiriam ascendentes espirituais em um outro planeta,
muito mais desenvolvido, pertencente à Constelação da Capela.
A apresentação desses dados
permite solucionar alguns dos problemas que envolvem o surgimento das primeiras
civilizações. Dá uma explicação aceitável quanto à sua origem e formação; ajuda
a entender de que forma civilizações distintas tiveram características idênticas
sem jamais ter ocorrido nenhum tipo de contato geográfico; explica de onde veio
o embasamento para a construção de grandes obras arquitetônicas, como as
pirâmides e os zigurates, por exemplo; elucida a origem dos conhecimentos
precisos e avançados que tinham sobre diversas áreas do saber, notadamente da
astronomia; a devoção extremada aos corpos celestes, desde o sol e a lua até a
estrelas mais distantes; etc.
As revelações feitas por
Emmanuel são, sem sombra de dúvidas, muito significativas. Complementam o estado
atual das pesquisas históricas, transcendendo-as ao lançar uma nova luz sobre a
problemática do nascimento daquilo que chamados de civilização e que é, em
última análise, a matriz fundamental do modo de vida da atual civilização
planetária.
Texto transcrito do blog:
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