domingo, 5 de fevereiro de 2012



COMO SURGIRAM AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES?

Carlos G. Steigleder                               
                               
            Um dos temas mais discutidos entre os historiadores é o da origem das primeiras civilizações. Como explicar o grande salto dado pelas comunidades neolíticas há cerca de 5.000 anos? Como foi possível, num curto espaço de tempo, tantas inovações? O que aconteceu durante esse período que possibilitou o advento das primeiras civilizações?
      As primeiras civilizações se desenvolveram no Oriente Próximo, formando uma meia lua que vai do Egito ao Iraque, chamada de crescente fértil. Estas civilizações apresentam um conjunto de características comuns, tais como a escrita, o calendário baseado no sol ou na lua, uma complexa organização social-política-econômica, arquitetura monumental, conhecimentos astronômicos e matemáticos bastante precisos, entre outras.
     
         A explicação mais aceita e que é consenso entre a maioria dos especialistas na matéria é que as primeiras civilizações surgiram a partir do desenvolvimento das cidades que haviam se formando ao longo das margens dos grandes rios dos Oriente Próximo, sobretudo o Nilo, o Tigre e o Eufrates. Foram, portanto, produto das primeiras cidades. Sem contradizer esta explicação, cumpre destacar que ela não é suficiente para dar conta do nível de complexidade que aquelas civilizações atingiram e que não tinha precedentes nas cidades primitivas.
     
      O Espiritismo, ao possibilitar o entendimento da realidade espiritual e da sua interrelação com a realidade material, acrescenta informações novas à questão em pauta que merecem ser consideradas.
     
      Um dos pontos-chave do Espiritismo é a existência de coletividades espirituais (encarnadas e desencarnadas) em diferentes níveis de evolução que, por conseguinte, estão ligadas a mundos cujas características particulares refletem-lhes as conquistas ético-morais e intelectuais. Entre estas coletividades, dispersadas pelo Cosmos, existiria estreita solidariedade, ocorrendo periódicas migrações espirituais de uma coletividade para outra atendendo as mais diversas finalidades.
     
      Segundo revelações feitas pelo Espírito Emmanuel, através do médium Chico Xavier no final da década de 1930, um grande número de Espíritos teria sido exilado do mundo em que vivia por não ter conseguido acompanhar o processo de desenvolvimento ético-moral dos demais habitantes. Eram muito inteligentes mas não conseguiam solucionar diplomática e fraternalmente as suas diferenças. Sofreram, então, a pena do degredo. São os já conhecidos exilados de Capela. Este grupo de Espíritos, muito avançado do ponto de vista intelectual (é importante repetir), foi acolhido no planeta Terra, cujo desenvolvimento estava muito aquém do do mundo de onde o grupo procedia.
     
      Ainda segundo Emmanuel, esses Espíritos foram aos pouco encarnando em levas sucessivas justamente no seio das comunidades terráqueas mais avançadas, dando assim origem às primeiras civilizações. Egípcios, sumérios, caldeus, babilônios, hititas, hebreus e outros povos da mesma época, possuiriam ascendentes espirituais em um outro planeta, muito mais desenvolvido, pertencente à Constelação da Capela.
       A apresentação desses dados permite solucionar alguns dos problemas que envolvem o surgimento das primeiras civilizações. Dá uma explicação aceitável quanto à sua origem e formação; ajuda a entender de que forma civilizações distintas tiveram características idênticas sem jamais ter ocorrido nenhum tipo de contato geográfico; explica de onde veio o embasamento para a construção de grandes obras arquitetônicas, como as pirâmides e os zigurates, por exemplo; elucida a origem dos conhecimentos precisos e avançados que tinham sobre diversas áreas do saber, notadamente da astronomia; a devoção extremada aos corpos celestes, desde o sol e a lua até a estrelas mais distantes; etc.
  
      As revelações feitas por Emmanuel são, sem sombra de dúvidas, muito significativas. Complementam o estado atual das pesquisas históricas, transcendendo-as ao lançar uma nova luz sobre a problemática do nascimento daquilo que chamados de civilização e que é, em última análise, a matriz fundamental do modo de vida da atual civilização planetária.


Texto transcrito do blog:

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