Sem
qualquer dúvida, a fim de que o mundo se transforme, é necessário
que haja modificação do ser humano para melhor, por ser a célula
máter da sociedade. Enquanto mantiver a enfermidade espiritual
resultante do atraso evolutivo, nenhuma força externa conseguirá
alterar a marcha moral do planeta, desde que os seus habitantes
recusem-se à transformação interior.
Os
momentos que vivemos são de esforço autoiluminativo, graças às
revelações que descem à Terra com maior frequência e às
informações seguras em torno do processo de mudança, oferecendo
visão do futuro que a todos nos espera.
As
lições do Mestre de Nazaré, desde há dois mil anos, convocam-nos
ao procedimento moral correto, à convivência pacífica e ao
cumprimento dos deveres de solidariedade e de apoio aos que se
encontram na retaguarda da ignorância, ou sofrendo os necessários
fenômenos de recuperação pela dor, mediante os testemunhos,
através das experiências aflitivas...
Cada
um deve preparar-se para acompanhar a marcha do progresso, integrando
a legião dos construtores do novo período da Humanidade.
Esse
trabalho eficiente vem sendo realizado em diversos segmentos da
sociedade que desconhece a realidade espiritual, graças ao fenômeno
da lei de desenvolvimento ético-moral. Entre os espiritistas, no
entanto, deve ser maior a contribuição renovadora, porque estão
informados das ocorrências impostas pela lei, já que não podem ser
postergadas. Anunciado por Jesus esse período de transição, tanto
como referendado no Apocalipse, narrado por João evangelista e os
profetas que se manifestaram a esse respeito no longo da História,
chega o momento de cumprir-se os divinos desígnios que reservam para
a Terra generosa o destino regenerador, sem as marcas do sofrimento
na sua feição pungitiva e desesperadora.
As
forças do mal, porém, teimam em manter o quadro atual de desolação,
ao lado dos abusos de toda ordem, porque pretendem continuar
explorando psiquicamente os incautos que se lhes vinculam através
dos hábitos doentios em que se comprazem na ilusão material.
A morte inevitável, porém, a todos arrebata, e quando despertam no
além-túmulo, estorcegam na realidade, lamentando os equívocos e
necessitando de oportunidade para reparação. Essa não mais se dará
no planeta que deixará de ser de provas, mas em outro de natureza
inferior, onde se deverá expungir a maldade e a falência moral em
situação muito mais aflitiva e mais amarga.
A
mediunidade a serviço de Jesus tem sido instrumento precioso para
que as informações seguras em torno da vida e da imortalidade
desperte os que dormem ou negam-se a entender o fenômeno da grande
mudança...”
FRANCO, Divaldo Pereira. Amanhecer
de uma nova era
– pelo Espírio Manoel P. Miranda. Salvador, BA:
Leal, 2012. p 107-9.
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